É notório observar como as coisas acontecem ao nosso redor,
isto por si só, em nossos dias, já é um fato raro, porém ainda mais escasso é o
que se pode tirar “de doce e nobre” desses acontecimentos ...
Toda segunda-feira é um caos, é uma quebra, é um retorno à
rotina, um dragão que se tem que enfrentar, o que acontece nestes dias (possivelmente
ainda nos demais) me levou a adotar um mote (e no meu caso uma mera ladainha)
algo como : “Se eu vou enfrentar o dragão , se não há outro modo, é melhor ir
de uma vez...” No entanto o que esta frase determina, até hoje, não reflete com
exatidão a ideia que pretendo passar , são detalhes aos quais eu me prendo e me
apegando a eles que posso, se não explicar a frase ,pelo menos terei como ilustrar
o juízo que tenho. É neste ponto que dou início a história das formigas:
Nos dias em que sigo ao meu emprego, mais exatamente no
local onde espero o ônibus, há um formigueiro o qual eu desconheço a espécie, e
vou me referir a elas como “aquelas formiguinhas pretas” que pelo o que sei
nunca fizeram (ou causaram) mal algum a nós humanos. Observá-las tornou se meu
passa-tempo até a chegada da circular é muito mais interessante (confesso) do
que ouvir sobre o resumo das novelas e reality shows, ou (ainda pior) responder
a questões meteorológicas sobre o clima local. A determinação delas leva meu
tempo, o seu trabalho continuo, sempre em conjunto, há um encanto em saber que
não são elas o corpo e sim o formigueiro, cada formiga é uma parte que soma, no
entanto de forma alguma vou enaltecê-las alem do que julgo certo, ainda reservo
muitos dias para ficar com meus pensamentos e estes pequenos seres...
Aconteceu que um dia, um conhecido meu, aqui onde moramos
adquirimos a tendência de chamar todos de amigos e isto não vem ao caso, este
rapaz veio a esperar o ônibus junto com o seu filho e entre uma conversa ou
outra a criança (como é natural delas) vai e pisa no formigueiro, assim num
capricho infantil, eu que era o seu observador senti com elas o impacto. O
nosso transporte chegou e fui trabalhar pensando em como nossos esforços, podem
facilmente e sem nenhuma justificava, por nada absoluto terem o seu valor
anulado, seja pelo desejo de uma criança ou a ordem de um rei, qualquer coisa
basta para o fim. E assim com estes pensamentos, o dragão ia vencendo a batalha
com ferocidade como é do seu costume natural.
No outro dia, eu me sentei no mesmo lugar e lá estavam elas
trabalhando, o local onde o menino havia feito o seu ataque tornou-se ainda
mais resistente explicando a este ser o escritor uma verdade antiga, uma
verdade que diz não desista! Elas não desistiram frente ao mordaz destino, não
fraquejaram , valeram seu ouro, venceram como Muhammad Ali venceu, as formigas
me ensinaram coisas simples, elas, do jeito delas, venceram o dragão.
Gostei da sua opinião, e a metáfora abordada no texto.Infelizmente uma pessoa na primeira dificuldade desiste de seus ideais, coisa comum nos dias de hoje. Mas como sempre penso, matar um leão a cada dia, para matar sua fome. seria uma forma ignorante, mas..... a partir do momento que a cada dia conquistemos nossos objetivos, matamos nosso leão, e assim matamos nossa fome. Sem desistir, e aceitar, suas dificuldades e críticas que evoluem e edificam o homem.
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